domingo, 24 de abril de 2011

Nostalgie...

Um mês depois, as lembranças não haviam passado. Um mês não era nada, para dez anos de convivência.
A saudade congelara, e virara uma pedra de gelo no seu coração. Evitava tocar, para não derreter e molhar suas mãos. Congelava suas mãos, congelava suas falas.
A dor da perda não é uma dor que se perde facilmente...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Às 23:15,

ele olhou através da janela a noite nua, sem lua. Poucas nuvens, as estrelas pareciam querer brilhar em outro lugar. A noite estava fria e faísca.

Assim como seu coração. Ele apaixonara-se uma vez, mas 365 dias depois ele espantava-se por não sentir mais nada por aquela quem ele antes idolatrava. Como pode ser assim, o sentimento humano? Conversava sobre ela como se tratasse de um parente distante. Descobriu que ela estava com outra pessoa. Pouco importava. As noites sem sono, as ligações aguardadas que nunca vinham, todas as situações de quem se apaixona pareciam agora coisas normais, assim como o simples fato de completar ano. O existir sempre o espantara, mas o sentir sempre o intrigou muito mais.

Ele fechou a janela. As luzes apagadas, o céu parecia mais claro. Ele deitou-se. Sabia que, em algum lugar, o sol brilhava.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mistério

Existe algo mais misterioso que esperar?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

      A noite caiu. Ele sentia que ainda não estava pronto para deixar aquele dia  partir. Permitir que aquelas 24 horas tornarem-se apenas mais um quadrado no calendário, que havia passado.
      Estando entre o passado e o presente. E o que fazer, quando tudo que se tem está acabado, ou ainda nem começou?
     Dormir seria admitir que sua vida era apenas uma rotina. Uma voz dentro dele ecoava; algo dentro dele pedia; de algo seu coração sentia falta...
    Adormeceu. A noite sem estrelas e sem lua.