sexta-feira, 1 de abril de 2011

Às 23:15,

ele olhou através da janela a noite nua, sem lua. Poucas nuvens, as estrelas pareciam querer brilhar em outro lugar. A noite estava fria e faísca.

Assim como seu coração. Ele apaixonara-se uma vez, mas 365 dias depois ele espantava-se por não sentir mais nada por aquela quem ele antes idolatrava. Como pode ser assim, o sentimento humano? Conversava sobre ela como se tratasse de um parente distante. Descobriu que ela estava com outra pessoa. Pouco importava. As noites sem sono, as ligações aguardadas que nunca vinham, todas as situações de quem se apaixona pareciam agora coisas normais, assim como o simples fato de completar ano. O existir sempre o espantara, mas o sentir sempre o intrigou muito mais.

Ele fechou a janela. As luzes apagadas, o céu parecia mais claro. Ele deitou-se. Sabia que, em algum lugar, o sol brilhava.

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